Escola Érico Veríssimo Erechim: abril 2010

Os estudantes dos 1º anos do Ensino Médio diurno, produziram crônicas nas aulas de Língua Portuguesa com a professora Elsa Simon.
Leiam as belas produções!!!

407 e 507

Certo dia dois amigos que não se veem a muito tempo se encontram na fila do banco.
-Pedro?
-João?
- Pedro ! Nem acredito que é você ?
-Sim, sou!
-Pedro, você mora nesta cidade ?
-Sim e você?
-Também, na Vila Isabel.
-Mas não!! Eu também .
-E você acha agradável morar lá?
-Olha, apesar do vizinho de baixo ser extremamente chato, barulhento, ouvir música no último volume e ir dormir tarde, até dá para aguentar .
-Para mim, é a mesma coisa. Meu vizinho de baixo, do 407, é terrível e também muito barulhento.
-Disseram-me que meu vizinho do 507 é bêbado.
-E eu, que meu vizinho do 407é gay.
-Nossa!
-Então, tchau!
Algumas hora depois, os dois se encontram na portaria do prédio .
-O que faz aqui João? Veio me visitar?
-Não, eu moro aqui no 507.
-Que coincidência, eu moro no 407.
Depois disso nunca mais se falaram na portaria do prédio. Já na fila do banco, nem se quer trocavam olhares.

Daniel e Djonatan , 1C

O bêbado e a preferencial

Logo pela manhã estávamos a caminho da escola, que por sinal haveria prova, quando de repente ouvimos um forte barulho no cruzamento de duas avenidas.
Dois carros haviam colidido. Os motoristas desceram e começaram a discutir. Um deles falava tudo "atravessado".Logo percebemos que ele estava bêbado .
-Você invadiu a preferencial, vai ter que pagar o prejuízo .
-Eu não vou pagar nada !
-Vai sim, por bem ou por mal.
Aquilo já estava ficando chato, quando o bêbado quis agredir o outro motorista que estava com razão .
Os outros motoristas, vendo o que ia acontecer seguraram o bêbado.
-Vai pagar!
-Nã, nã , não vou .
-Vai sim .
Assim continuou até chegar a polícia, que encaminhou os dois até a delegacia .
Quando chegamos na escola, não pudemos fazer a prova porque chegamos atrasados e ficamos um período esperando. Regras da escola . Nós pagamos pelo bêbado, que no outro dia já estava dirigindo.

Jonatan Sostisso e Matheus Storqui

CRACK

Falar sobre drogas é coisa séria, principalmente quando a conversa retrata os males causados a dependentes químicos e familiares. Hoje, a droga faz parte da vida de milhões de pessoas e vem destruindo famílias e vidas.
Muito se fala e se publica sobre drogas, mas infelizmente muitas dessas publicações não tem impacto algum, por fazerem apologia à droga com depoimentos de usuários dizendo que é legal e que a viagem auxilia na produtividade entre outros.
O crack é uma droga altamente destruidora e é conhecida como o “primo pobre” da cocaína, com a composição menos pura, mas com maior poder de dependência. Drogas causam uma ilusão momentânea que logo acaba e termina sempre em destruição e depressão, refletindo nas pessoas da família que sofrem em decorrência do vício alheio.
Foi assim na 5º série, nós tínhamos um colega que começou a consumir cigarro, bebida alcoólica, maconha e depois foi em busca de emoções mais fortes. O crack foi o próximo passo. Ele não escolhe cor, gênero ou classe social, simplesmente escraviza as pessoas que resolvem experimentar. E quando ele consumia a droga, ficava com uma sensação de euforia, querendo consumir mais e mais a mesma.
Ele ficava completamente louco e chegava a agredir seu próprio pai porque ele queria vender os bens materiais de sua família para arrumar dinheiro, pois queria comprar a droga.
Seu pai, contra a venda, acabou levando uma paulada na cabeça. Depois disso, esse menino de apenas 15 anos foi levado para a cidade de Porto Alegre pela sua irmã mais velha.
Não apareceu mais e não sabemos se está vivo ou morto, se é dependente do crack ou não.

Fabrício G. de Toledo e Álefe Figueró

Minha história

Quando eu nasci a minha mãe me cuidou até os 9 meses e depois ficou doente. Deu derrame cerebral e perdeu os movimentos do corpo. Meu pai, como trabalhava,não teve como me cuidar e muito menos cuidar da minha mãe, pois ela estava de cama e incapacitada.
Então, a minha avó resolveu levar-nos para morar com ela. Fiquei algum tempo na casa da minha avó, mas como ela não tinha muitas condições resolveu me mandar, alguns dias, na casa da minha madrinha.
Eu fui e fiquei algumas semanas e logo depois minha mãe acabou falecendo. Como eu era muito pequena, eu não entendia o que estava acontecendo, então a minha madrinha me contou que a minha mãe tinha falecido, eu não entendi nada, nem dei bola.
Depois que minha mãe faleceu, eu não sabia aonde ia, portanto minha madrinha e minha avó decidiram que eu ia continuar morando com ela e lá permaneço.
O tempo foi passando e hoje eu sinto saudades de minha mãe, mas não tanto pois hoje eu entendo o que aconteceu. Eu estou muito feliz pois tenho uma família.

Viviane Mecca
Patricia F. Piazentine
1B

Os estudantes do 2° ano do turno diurno também ousaram no processo ensino e aprendizagem e expuseram seus pontos de vista. Leiam suas produções!!

A arte do grafite

Arte: palavra que combina muito com o grafite.
Grafite é uma forma única, alegre e inteligente de se expressar.
O grafite é uma manifestação artística muito rica, pois traz formas, cores e brincadeiras fáceis de agradar. Entretanto, em relação a pichação aqui no Brasil, se dá mais valor ao grafite sendo diferente de outros países.
O grafite é bonito e é uma fora de arte, por isso vem cada vez mais ganhando a admiração das pessoas. Geralmente temas sociais e de pobreza são alvo dos grafiteiros , pois talvez seja essa a realidade de alguns deles.
Segundo os mesmos, o grafite lhes proporciona uma visão mais ampla do mundo e com ele obtiveram um trabalho e consequentemente já tiveram a oportunidade de formar uma família entreter longas e eternas amizades e se sustentar de um jeito alegre e criativo aos olhos da arte .

Carolina Vanessa 2B

Grafite X Pichação

Grafite e pichação são uma espécie de arte de rua, com a finalidade de criticar e e acusar práticas incorretas. Sua inicialização deu-se nas grandes metrópoles como forma de coibir o preconceito da sociedade em relação ao povo marginalizado.
No Brasil, essa expressão artística vem cada vez mais ganhando força,desmistificando o preconceito social e solidificando a voz da preferência.
A disposição gráfica das obras gera uma espécie de convocação visual, chamando o expectador a prestar atenção e refletir sobre seu sentido. Informalmente o grafite e a pichação são utilizados na decoração de casas, muros e regiões pouco abastadas e com carência econômicas.

Chaline 2B

Pichação X grafite

Para início de conversa, é necessário saber separar grafite e pichação. Grafite é uma demonstração artística que visa subliminarmente atos e práticas julgadas erradas pelos autores. A pichação por sua vez é uma espécie de arte explicita, considerada por muitos como uma poluição visual.
Afinal, o que as duas manifestações tem em 'comum'? A razão pela qual são efetuadas, ou seja, a denúncia contida em seus traços.
Na minha opinião, a pichação e o grafite devem andar juntos, um servindo de complemento para o outro. Tanto o grafite, quanto a pichação são manifestações culturais e artísticas e sua observação deve ser feita quando da conotação contida no trabalho.
Por fim, independente do artista ou dos métodos usados pelo mesmo, é necessário que seja respeitada a liberdade de expressão e opinião visando que sejam respeitados também os direitos e exercidos os deveres de cada cidadão.

Matheus Alves
2B